Os incríveis ganhos dos estudos qualitativos no mundo virtual
Série: Bate papo com especialistas
Por Luciana Pittelli — Blend New Research

A Pesquisa qualitativa no mundo virtual — os ganhos e como a integração dessa metodologia clássica com os novos recursos digitais abriu um mundo de oportunidades para as empresas descobrirem insights valiosos de forma mais inteligente e menos custosas.
Os estudos qualitativos tiveram um salto na pandemia. Com a impossibilidade de conduzir grupos presenciais, a indústria teve de colocar a mão na massa e de fato conduzir em larga escala os grupos no ambiente virtual. Com isso, práticas, processos, ferramentas foram amplamente testadas. A consequência foi uma série boas práticas dos recursos digitais nas pesquisas qualitativas.
E os resultados não podiam ser melhores:
Custo: Os Focus groups eram verdadeiros eventos. Realizados em salas com estrutura física, como moderadores, comidas, bebidas, esses encontros tinham um custo considerável. Com a mudança destes grupos para o mundo online, o custo dos grupos quali caíram consideravelmente, possibilitando mais empresas, que antes não tinham acesso a este tipo de serviço a coletarem insights de seus clientes;
Recrutamento: O recrutamento dos participantes era um desafio quando o estudo era extensivo e geograficamente distribuído. Eram necessários recrutadores locais que tivessem a capacidade em buscar e recrutar o público exato para cada projeto. No ambiente virtual, o recrutamento é facilitado pelos encontros digitais, nem sempre sendo necessário um recrutador local. Antes o planejamento amostral tinha que considerar necessariamente pelo menos 2 grupos por praça (dependendo do público). Agora podemos juntar num mesmo grupo pessoas de todo Brasil. Hoje, as amostras podem ser mais inteligentes e genéricas. É um ganho real porque pode-se juntar pessoas de diferentes lugares.
Segurança do cliente no processo: Imprevistos como faltas dos respondentes na última hora nos encontros presenciais podem inviabilizar o trabalho. Por isso, eventos presenciais demandam mais planejamento e follow up no recrutamento, para garantir bons grupos qualitativos. Sendo virtual, há mais flexibilidade para manter ou mudar a composição e a quantidade dos grupos conforme o planejado, garantindo portanto mais segurança do cliente nos processos. E o cliente, por sua vez, continua na sala de espelho, em ambiente preservado, em que os participantes não tem contato com ele.
Flexibilidade — Compromissos virtuais são mais flexíveis e ganham agilidade. As agendas são mais abertas e adaptáveis para todos: respondentes, pesquisadores/ moderadores e clientes. Não ter o deslocamento ajuda na disponibilidade das pessoas a participarem e depois voltarem aos seus compromissos rotineiros.
Organização da informação: Nas dinâmicas digitais, toda a informação gerada no encontro é coletada e armazenada na nuvem — Isso é uma enorme evolução no processo, que antes requeria técnicas de registro mais trabalhosas, como tirar fotos das atividades, colagens, etc. Com as ferramentas digitais, é possível organizar melhor todos os registros e depois dar acesso ao cliente com agilidade.
Agilidade nos resultados: Com a informação organizada e em nuvem, os resultados podem ser compilados, analisados e apresentados com mais rapidez e eficiência.Insights são reportados para o cliente no dia seguinte!
Distribuição geográfica— as discussões no espaço virtual incluem particiantes de todos os lugares, oferecendo um entendimento melhor de consumidores geograficamente distribuídos. Não é mais necessário o deslocamento da equipe até o local de preferencia do entrevistado, seja dentro da sua empresa, sua casa, seu momento de lazer. Conseguimos falar com ele em qualquer lugar!
Menos pressão — no mundo virtual, as pessoas ficam mais a vontade para falar, não seguindo vieses ou temendo ser honestos nas dinâmicas de grupo. O discurso politicamente correto, o líder do grupo que polariza opiniões, são questões que atualmente a tecnologia disponibiliza recursos que ajudam bastante a moderadora a contornar.
As oportunidades para as empresas descobrirem insights valiosos de forma mais inteligente e menos custosas
O mundo digital trouxe grandes possibilidades dos estudos qualitativos.
Os smartphones, tablets e webcam tornaram-se uma fonte de informação para os estudos qualitativos, onde é possível entrar na vida e na mente dos respondentes. Pesquisadores podem fazer uso de diferentes técnicas preditivas para extrair melhores insights. Podem dar missões para os respondentes que registram pensamentos e sentimentos através de videos e conversas assíncronas, em devices da preferência. E assim ter acesso a informações qualitativas valiosas a qualquer momento e qualquer lugar. Respondentes podem compartilhar experiências enquanto consomem, dirigem, comem, ou fazem suas atividades diárias, registrando tudo durante um dia, semanas e até meses.
Portanto, a evolução dos estudos qualitativos ajuda as empresas a coletarem dados que antes não eram acessíveis. Com técnicas criativas e ajuda da tecnologia, é possível desvendar o seu consumidor e dar instrumentos para ações direcionadas e assertivas.

Antes: Em Focus groups os participantes eram orientados a fazer um trabalho de colagem com revistas. O moderador registrava em fotos, após discussão com grupo. Depois: A técnica ganhou dinamismo no ambiente virtual e cada participante contribui com imagens pesquisadas na hora e opiniões através dos chats dos aplicativos.
Quais recursos ganharam dinamismo e ajudam na coleta de insights?
Online Communities:
Focus Groups
Online interviews
UX Tests / Testes de Usabilidade (apps, sites)
Workshops com executivos de empresas
E você tem dúvida de como pode otimizar e aproveitar melhor essas técnicas para descobrir insights?
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